sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pedro do Nascimento Silva

Caros Amigos,

Acabei de desembarcar aqui na Casa de Saúde São José às 11 h 41 minutos. Minha mãe, Anna Laura, passa muito bem, e meu paizão Marcelo ajudou o parto.



Cheguei com 3,200 kg e 48 cms. Mandei um recado para o Paulo Chupeta que quero um lugar de ala no timaço do Mengão.

Após as primeiras providências da pediatra, já fui logo tirando o time de campo e rumei para a Gávea, avisar que antecipei minha chegada (só estava prevista para dezembro) para assistir este jogão contra o Guarani.

Não quero moleza em campo. Vamos arrebentar lá no Engenhão.

Do lado de dentro da barriga, eu não conseguia assistir direitinho à partida, pois as laterais do campo ficavam encobertas.

Estou saindo da Gávea, dando um paradinha para um chopinho no Azeitona e indo para o Ninho do Urubu. Já avisei ao Luxa – presta atenção meu irmãozinho, se fizer bobagem chamo o Tim Maia para te aplicar um corretivo.

Agora a coisa vai...


Beijos a Todos.


Pedro do Nascimento Silva

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PRÊMIO... PRÊMIO... PRÊMIO...

Fantásticos Leitores,


Em 22 dias, estarei realizando um Maravilhoso Sorteio, entre os meus seguidores.


Avisem aos seus contatos.


No dia 29 de outubro de 2010 será sorteado um Prêmio Especial.


Aguardem.


Cid

sábado, 2 de outubro de 2010

Cabelos Brancos

Hoje é dia de aniversário da Tia Yedda !! Festas, balões, bebidinhas e comidinhas. Presentes, bolo, doces e boa dose de emoção estão reservados para todo o dia de hoje.

Fiz o texto abaixo, "Cabelos Brancos", em sua homenagem, há 5 anos atrás.

Ao longo da vida tem percorrido diferentes caminhos, sempre avançados para seus momentos, desbravando atalhos com flores, amores, calores.





Ainda em 2010, Tia Yedda estará fazendo o Super-Lançamento do Fantástico livro "Um caminho diferente para o Tarô".

Mulher de uma espiritualidade especial, desenvolve um importante elo envolvendo espiritualidade e tarô.

É UMA MULHER ESPECIAL.

PARABÉNS TIA YEDDA.

CABELOS BRANCOS

Outubro/2005

Brancos são os cabelos,
cinza que vem e que vai,
parentes, que bom em tê-los,
saudade coisa que entra e não sai.

Amores com marcas e sabores,
viagens com perfumes e cores,
cartas com caminhos e entradas,
vida de retas e curvas nas estradas.

Vontade de junto querer estar,
de brincar, de sorrir, de voar;
ajuda é prioridade na sua agenda,
como de uma criança sua merenda.

Hoje, tens mais uma festa;
se Deus quiser, encerrará numa seresta;
que o bolo tenha uma vela,
que ilumine, mais um pouco da sua vida, na sua tela.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hoje, 27 de Abril

Meus Caros Leitores (acho que já são dois... )

Hoje, vou relembrar aquele belo momento de 2001, no qual celebramos o aniversário de Denise. Eu voltava de Lorena (SP), de uma viagem a trabalho, em plena sexta-feira.

Seu Geraldo, meu saudoso amigo, dirigia pela estrada, e foi naquele trajeto que produzi estes versos.

À noite, fomos todos para o Restaurante Garden, no Jardim de Allah, que possui uma cozinha deliciosa, boas bebidinhas e uma música ambiente bem agradável.

Solicitei ao maitre que me avisasse do intervalo da música, para que eu lesse este poema, para Denise, ao vivo e a cores. Assim foi feito. Ele me avisou, e ao me aproximar do microfone, pedi ao músico que fizesse uns acordes de fundo.Ele então dedilhou o Hino ao Amor.

Foi tudo muito linnnnndo.

Beijos, Dé. 


HOJE – 27 DE ABRIL


27/04/2001

O calendário

é cruel,

pois nos lembra o aniversário,

numa folha de papel.



Aniversário????

Ué, então hoje é o meu dia;

posso sorrir, beijar e amar,

plena de alegria.



Em meio a algazarras, correrias e gritarias,

lembro-me de minha fase criança,

onde esta data era comemorada

sempre numa grande festança.



Cresci.....

namorei, namorei, namorei, namorei.....casei!

E o eu criança,

quase sempre abandonei.



Mas hoje é o meu dia,

criança de novo serei;

cachorro quente, pipoca e guaraná,

na mesa eu colocarei.



O bolo virá com velas,

quantas......... sei lá!

Cada uma representa um momento passado,

que certamente me fará chorar.



Pessoas, fatos e lembranças,

passam voando na minha mente;

no futuro, as terei de novo,

e este será o meu presente!



As bolas estouram no ar,

os presentes vou abrir;

não sei se ganharei tudo,

mas tudo me fará sorrir.



Quando no travesseiro descansar,

uma certeza eu terei;

aos meus me doei inteira,

e durante a noite com os meus sonharei.



No sonho serei princesa,

num palácio de amor;

um príncipe me ensinará uma mágica,

que transformará o espinho em flor.



Ao acordar estarei sorrindo,

relembrando tanta emoção;

novo dia para mim estará se abrindo,

e a felicidade invadirá meu coração.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fotos do Oriente

Caros Leitores (será que o plural está correto, se acho que só tenho 1 leitor?!)

Prossigo em minhas homenagens ao melhor fotógrafo do planeta... o fantástico Diego.

Foi ao Oriente, e captou momentos em cenários belíssimos.

Sua mão não tremeu, sua máquina foi fiel, e sua sensibilidade o conduziu para se postar defronte de espetáculos da vida.

Ao retornar preparou uma bela exposição e, ali, vendeu os quadros, doando a arrecadação. Esse Diego é showwwww.

Fiquem, portanto, com Fotos do Oriente!

VIVA O DIEGO !!!




FOTOS DO ORIENTE


Fev 2005

Amigo,

bom ter estado contigo;

exposição de fotos do oriente

onde apresentaste beleza, através de sua lente.



Telas, sob forma de doação,

foram seu apoio àqueles que receberam o vagalhão.

Neste cenário, saboreamos agradáveis momentos,

entre pessoas, povos e pensamentos.



Caminhamos entre as cenas,

mentes ligadas como antenas.

Lagos, canoas e castelos,

adultos em jogos singelos.



Vilas, talvez pobres, mas não miseráveis;

viagem para a escola em rotas agradáveis,

crianças sorridentes navegando,

sadios dentes e olhos brilhando.



Rastro no lago do Sol poente,

caminho preciso num vermelho quente.

Cerimônia de monges concentrados,

fora o segundo, os outros desfocados.



Duas rochas no meio do mar,

uma na sombra, a outra a brilhar.

Penumbra predominando na frente da praça,

das árvores luzes a invadindo, esta merecia uma taça.


Arte que envolve objeto, técnica e equipamento;

porém, uma pessoa como você

degusta o momento,

com sensibilidade e sentimento.


Siga amigo, para alvo certeiro,

como aquele que forja sua peça,

sobre o fogo, nobre ferreiro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Lente

Este é um texto elaborado em homenagem a um dos melhores fotógrafos brasileiros. Ele é gaúcho de nascimento, mas carioca de coração.

Diego possui uma sensibilidade diferenciada, permitindo assim acoplar aos seus conhecimentos técnicos de fotografia (luz, velocidade, foco, enquadramento, contraste, etc...) o seu poético coração.

Após uma viagem ao território asiático, Diego apresentou seu belo trabalho numa exposição, em que não faltaram as maiores e mais importantes autoridades da fotografia artística do país. A cada foto apresentada, a platéia soltava um ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, encantada com a percepção, a arte, a sensibilidade, o artista.

Ao chegar em casa, bastou ouvir o teclado me chamando, para logo colocar algumas palavras em homenagem a este fantástico artista:

VIVA O DIEGO !!!




LENTE


Fev 2005


Você me convoca para uma viagem,

vejo-o preparando a mala.

Checando documentos e passagem,

deixando bilhete, atravessamos a sala.



Aeroportos e avião,

em seu objetivo está concentrado.

Trinca nos dentes o facão,

vai à luta, em ritmo acelerado.



Coladinha ao seu corpo, sigo atenta,

para que esta dupla não perca nada.

Chegando à beira do lago, você se senta;

sinto o momento, fico calada.



Sol do poente se aproximando;

as respirações aceleram,

seus dedos me tocando,

seus olhos azuis me atravessam.



Como um pistoleiro,

possui apenas uma bala.

Dispara o gatilho certeiro;

seu vitorioso sorriso me deixa sem fala.



Me põe descansando,

na sua cintura

Se mantém da cena desfrutando,

aquela que agora já é sua captura.



Retornamos ao hotel

num diálogo mudo.

Quer logo passar ao papel,

aquele cenário desnudo.



Me deixa na cama

em descanso.

Finaliza sua jóia, pronta para a fama;

deita e me abraça, a este amor me lanço.



Nasce mais um dia,

novo desafio.

Tua mente em alegria;

neste cenário, eu sorrio.



Quer registrar um monge,

em seu dia de formatura.

Nós que viemos de tão longe,

assistimos cena linda e pura.





Vêm enfileirados

para este importante momento;

compenetrados,

cerimônia que até pára o vento.



Este olho azul me atravessa novamente;

percebo que o segundo menino vai me olhar.

Te aviso, você o aguarda passar rente;

aguarda o momento certo para disparar.



Retornamos a nossa morada,

sabendo que não esqueceremos mais;

aquela cena registrada,

Voltamos ao remanso, te quero em paz.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A CAMISA

Este texto é um dos poucos deste livro que possui uma pequena base biográfica. Tentei registrar numa folha de papel em branco, o branco pelo qual passam todos os garotos, num momento de enfrentar uma seleção, seja na sala de aula, seja no clube quando da formação da equipe, seja na pelada, etc...

Como pano de fundo, às vezes aparecendo como o pano de frente, a narração é feita pelos olhos do avô, este ser que a tudo vê, e que por todos sofre.

Fica aqui a singela homenagem a todos os avôs e avós do mundo.

TIM-TIM !!!


A CAMISA




Noite de sexta-feira e a brisa do mar soprava pela janela do quarto. Como de hábito, ligara o rádio para ouvir aquele programa que eu tanto adorava – Balança mas não cai. Contrariando a rotina dessas noites, Carlinhos ainda não tinha vindo se deitar em minha cama para darmos gargalhadas. Alguma coisa angustiava aquele menino que, nos seus 9 anos, vagava pela casa. Lembro que naquela tarde ao voltar do colégio, ele já não tinha querido disputar nosso gol a gol no corredor do apartamento. Pelejas que sempre se encerravam comigo contando proezas dos tempos de goleiro do América, e que tanto prazer me davam ao relembrá-las junto ao meu neto.



O programa já ia pelo meio quando ele entrou no quarto e, sentando ao meu lado, fingiu escutar aquelas gostosas trapalhadas entre Primo Rico e Primo Pobre. Fiquei calado, aguardando que aquela angústia fosse colocada sobre a cama. Pimba, entra o anúncio e o garoto me diz:

- Vô, será que eu consigo uma vaga no jogo de amanhã?



Ao perguntar qual seria o jogo, ele me explicou que no dia seguinte, haveria um desafio entre os garotos da General Osório e os da Nossa Senhora da Paz. Eu costumava assistir aos seus jogos, nos finais de tarde à saída do colégio, no campo improvisado na calçada da Praça General Osório. Ficava observando da esquina aquele menino desajeitado se atrapalhando entre pernas longas e a famosa bola. Mas, quando os centros vinham para a área, ele, saltando mais que todos, fazia belos gols. Eu, por dentro, dava pulos e murros no ar, vibrando com mais um golaço de Carlinhos. Ao voltar para casa, perguntava como tinha sido o jogo. Ele contava dribles que gostaria de ter dado, lançamentos que a zaga adversária havia cortado e, quando perguntado se tinha feito algum gol, se empertigava todo. Sorrindo, fazia o gesto das suas já famosas cabeçadas.



Ele me disse que cada time teria 11 jogadores e o jogo seria na calçada da Prudente de Moraes. O técnico seria o Seu Enéas, dono da farmácia da Gomes Carneiro, já tendo inclusive comprado um jogo de camisas azuis, com número e tudo. Expliquei que não existia em toda Ipanema centro-avante com tão certeira cabeçada quanto ele. Seu Enéas não seria maluco de deixá-lo fora do time. Parecendo acreditar em minhas palavras, adormeceu. Fiquei imaginando a frustração que seria para aquele menino, caso fosse barrado. Acabei dormindo, mas com um sono entrecortado, pois eu também estava preocupado.



Acordamos juntos, assim que os primeiros raios solares invadiram nosso quarto. O jogo seria às 9 horas. Armando, meu neto mais velho, também estava agitado. Ele sabia do jogo da vida do irmão e logo começou a engraxar seu tênis. Armando devia imaginar a preocupação do Carlinhos, ele que já era lateral esquerdo do Alvorada, time de futebol de praia. Nós três engolimos o pão e o mate, seguindo para o local da peleja. Se eu já estava preocupado, fiquei mais ainda, ao ver a multidão de garotos que ali estava para disputar uma das camisas azuis.



Da outra extremidade da praça, vem outro bando de garotos. Era a turma adversária e sua torcida. Eles trouxeram até o padre da Nossa Senhora da Paz. Alguém me toca o ombro e vejo Almeida, padrinho de Carlinhos, acompanhado de César e Amanda, pais dos meninos. Eles foram convocados pelo Armando. Da Gomes Carneiro, vem o Enéas. Carlinhos, mais angustiado ainda com a presença de sua torcida familiar, buscava o meu olhar de apoio. Eu sorria de nervoso. Percebo Enéas iniciando a distribuição das camisas. Grande confusão. Daquele bolo, sai Carlinhos com a de número 6. Alegria total. Armando não se conforma, pois só ele era canhoto. O irmão, sendo destro, não podia ficar na lateral esquerda. Carlinhos explica que era a última camisa a ser distribuída. Armando entendeu que ou seria aquela ou nenhuma, e se acalmou. Dou as últimas instruções ao neto dizendo que, em nenhuma hipótese, virasse de frente para o gol dele, e sempre chutasse forte para onde o nariz estivesse apontando.



Começa o jogo. Após uma série de chutões e caneladas encerra-se o primeiro tempo. Carlinhos havia tocado duas vezes na bola, sendo a primeira um chutão na direção do lago e a outra na direção do ponto do ônibus 12. Foram os chutes mais fortes de todo o primeiro tempo. Abracei meu atleta, e disse que ele tinha sido o melhor em campo.



No segundo tempo o adversário inclui dois craques do Morro do Pavãozinho, numa nítida atitude anti-desportiva, pois estes craques moravam mais perto da General Osório. Na discussão, até o padre se meteu, vencendo a disputa com o argumento de que o futebol deveria permitir o ingresso de todas as classes sociais. O clima ficou pesado, e o jogo se aproximava do final, quando surge a oportunidade do time da General Osório. Córner a ser batido. Me agito e oriento Carlinhos para disputar aquela cabeçada. Silêncio total em Ipanema. A bola é lançada bem alto. Eis que surge um magrelo que, com uma linda cabeçada, vence o goleiro adversário. Gol de Carlinhos.



A torcida invade o campo. O jogo foi ali encerrado, sob protestos de toda torcida adversária, inclusive do padre, que prometeu castigo a todos, proibindo a entrada nas matinês do Cinema Pax. A família toda abraçada. Amanda abre a bolsa, e põe no peito do menino, uma antiga medalha da coleção de César. Armando conduz o irmão nos ombros, durante a volta olímpica. Aquele menino aprendeu que, ao longo da vida, outras camisas ainda teriam que ser disputadas. Algumas ele iria conseguir, outras não. Estava pronto para seguir adiante. No banco daquela praça, chorei.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Praia

Hoje, vamos passear um pouquinho por um dos meus cantinhos preferidos do Rio de Janeiro... o Arpoador.

Formação rochosa que me acompanha desde a minha infância.

Ali assisti a várias chegadas das famosas regatas Buenos Aires - Rio. Dali assisti a alguns eclipses. Ali meditei. Também foi ali que busquei o equilíbrio.

Em homenagem a esse belo recanto, eu redigi o poema A Praia, assim que retornamos de nosso período de São Paulo.

A PRAIA


Ao Rio de Janeiro retornar,
Após um exílio profissional,
Levei meus filhos a passear,
Pela minha praia, o meu quintal.


Andamos em Ipanema,
Pelas areias a sonhar,
O tempo voltou correndo,
Para minha infância recordar.


Na Montenegro começou a caminhada,
O Castelinho atravessamos correndo,
Então demos a primeira mergulhada,
Pois o calor já estava derretendo,


Num pulo já estávamos no Arpoador,
Um dos paraísos desta cidade,
Meus sonhos ganharam cor,
Ali explodiu uma grande saudade.


Conheci aquele local,
De areia, pedra e mar,
Levado por minha mãe,
Para aprender a nadar.


Sempre que o tempo permitia,
Ao Arpoador retornava,
O mar nunca me mentia,
Ele sempre me ajudava.


Mar sem bocas, buracos e surpresas,
Sempre convidava para novo mergulho,
Ali o homem ainda era nobre com a natureza,
O som das ondas era o único barulho.


A pedra começamos a escalar,
E logo chegamos ao Samarangue,
De onde os meninos pulavam,
Em grupos, bandos e gangues.


Nadavam até a arrebentação,
E como vitoriosos,
Numa grande curtição,
Desciam as ondas em jacarés vistosos.


Prosseguimos na pedra caminhando,
E logo alcançamos o Pontão,
De onde, só meu irmão pulava,
Pois ele tinha permissão.


Ao seu lado o Salseiro imponente,
Pedra alta, redonda e forte,
Que em dias de mar bravio, metia medo na gente,
Assustava pelo cheiro de morte.


Prosseguimos em nossa andança,
Passando pelos pescadores,
Que naquela época, de linha ou de arpão,
Pescavam garoupas, polvos e cação.


Chegamos ao lado oposto,
Passando por casais de namorados,
Que para ali se refugiavam,
Ficando a namorar, sentados, deitados.


Da ponta da pedra, avistamos o Forte Copacabana,
Depois da Praia do Diabo,
Na ponta da pedra, o seu canhão reluzente,
Apontado sempre para o Sol nascente.


A função que seu projetista lhe deu,
Foi disparar, alardear,
Toda vez que o dia nascer,
E o Sol não despontar.


Tiros deu mais de cem,
Foi meu pai quem me contou,
Que a medalha que ele tem,
É que nunca ninguém acertou.


Forte que não conheceu torturas,
Nem na época das ditaduras,
E assim o Governo o promoveu,
Para o alto posto de Museu.



Retornamos à Praia do Arpoador,
Mais uma vez passando pelos namorados,
Que observavam o Redentor,
Enrolados, entretidos, amassados.


Assim acabávamos o passeio,
Com água de coco comemorado,
Que gostoso este devaneio,
Desta viagem ao passado.


O pôr do sol se anunciou,
Começava o seu mergulho no mar,
O céu avermelhou,
E a natureza a este show comandar.


Meus filhos perceberam certamente,
O tamanho da minha emoção,
Hoje eles são semente,
Eu, recordação.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ESTAÇÕES

Chegou a vez de publicar neste Blog do Cid, o texto Estações, elaborado em homenagem a uma pessoa maravilhosa ... a Tia Sonia.


Tia Sonia é dessas pessoas super-especiais, que a todos recebe logo com um sorriso nos olhos, para depois tê-lo nos lábios.


Com humor super-afiado, está sempre atenta para adicionar suas doses de saudável humor.


Em seu aniversário, este texto tentou reproduzir esta aura tão especial que nos afaga a todo instante.


ESTAÇÕES


Novembro / 2006



Cada um de nós veio aqui esta noite,

Percorrendo os trilhos que conduzem nossas vidas,

E tripulando os respectivos trens.



Chegamos nesta estação

De celebração ... de festa.



Você tem conduzido sua composição de forma que

Na Estação de Sofrimento, deixa na plataforma a passageira Dor,

Embarcando a Resignação.



Na Estação de Vitória, você despacha a passageira Arrogância,

Embarcando a Humildade.



Na Estação Derrota, fica na plataforma a passageira Tristeza,

Embarcando o Aprendizado.



Na Estação Perda, deixa a Revolta,

Embarcando a Saudade.



E nas Estações Festa e Comemoração,

Entram todos,

Desde a Euforia, passando pelo Sorriso, pela Alegria,

Pelo Equilíbrio, pelo Sorriso, pela Alegria,

Pela Harmonia, pelo Sorriso, pela Alegria,

Pelo Sorriso, pela Alegria,

Pelo Sorriso, pela Alegria,

Sorriso, Alegria,

Alegria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Texto sobre Nosso Herói: Seu Onofre

A elaboração do texto referente ao Seu Onofre partiu de uma reflexão de que as soluções dos Problemas-Macro sempre serão obtidas a partir do somatório de soluções dos Problemas-Micro que os compõem.

Entretanto, as pessoas possuem verdadeira fixação e adoração em tratarem, discutirem e analisarem os Problemas-Macro, já que estes se apresentam com maior charme. Seja numa refeição dominical em evento familiar ou seja numa mesa de bar com amigos é muito mais pomposo falar-se da Política Nacional de Recursos Hídricos, do que visitar a sede da Administração Regional do seu bairro e realizar um levantamento sobre as condições atuais dos rios, riachos e lagoas que lá existem.

E como as organizações de nossas sociedades urbanas baseiam-se principalmente em condomínios horizontais e verticais, nossa estória foi protagonizada em torno de uma reunião de condomínio, na qual o Nosso Herói - Seu Onofre seria o eleito para novo mandato de Síndico do Condomínio.

Desejamos daqui Muitas Felicidades e Muito Sucesso ao Seu Onofre em seu mandato de Síndico.

SEU ONOFRE

Abril/2004

A tarde já ia avançada, quando os irmãos dialogavam sobre como convencer ao pai da importância de seu comparecimento àquela importante reunião no prédio em que moravam; era dia de Eleição de Síndico.

As duas facções já estavam bem avaliadas, e o voto do 302 seria capital na definição da eleição. De um lado a Situação, cuja candidata à quinta reeleição era Dona Vitória, esposa do Dr. Waldomiro (importante empreiteiro de obras públicas), aquele dono do Honda Accord. Representando a Oposição, candidatou-se o Seu Onofre, médico (clínico geral) aposentado, que após 55 anos de trabalho na Prefeitura, vislumbrava a oportunidade de implantar suas idéias comunitárias, e que foram construídas ao longo de sua vida.

“Eu aposto que ele vai entrar por aquela porta, se dizendo muito cansado, com uma postura como se estivesse carregando um casaco de pedras, afirmando que trabalhou como um cavalo e que foi muito difícil matar o leão de hoje”, presumia Mônica.

Rogério deu uma risada da simulação feita pela irmã, e adicionou: “largará o casaco sobre o sofá, e nos dará um beijo protocolar, dizendo que não temos idéia do sufoco que é, nos dias atuais, levar para casa o sustento da família.”

A conversa prosseguia, enquanto cortavam o tecido que haviam comprado para elaboração de uma faixa: “VOTE EM SEU ONOFRE !”

“Você quer apostar, como ele vai sentar na mesa de jantar e, com uma pose de Embaixador da Dinamarca, contar alguma importante informação que obteve durante o dia, sobre o debate amanhã na TV, do tipo: Fulano me garantiu que no debate o Collor vai provar a total incompetência administrativa da equipe do Lula”, dizia Mônica.

Rogério lamentou a mãe só poder estar presente na hora do jantar, pois era o horário que se liberava da sua atividade de voluntariado no Ciep do bairro, coordenando a Oficina de Matemática. Senão poderiam armar com ela, ainda durante a tarde, uma forma de convencimento mais radical: “ou vai à reunião, ou dorme na sala”. Os dois riram muito!

As plataformas de trabalho das duas chapas já eram bem conhecidas: Dona Vitória, como nas outras disputas, prometeria diminuir as despesas (fato que nunca aconteceu), que consertaria os brinquedos do play, que economizaria demitindo mais um empregado, e que proibiria a presença de cães no prédio. Enquanto que Seu Onofre implantaria serviços e atividades comunitárias, privilegiando os empregados, os idosos e as crianças. É fácil prever que todos os jovens do prédio estavam em polvorosa, apoiando as idéias inovadoras do Seu Onofre. Só faltava a confirmação do 302.

Escolhem o padrão da letra a ser utilizada na faixa, desenham e colorem o texto revolucionário: “VOTE EM SEU ONOFRE !”. E vão se preparar para o grande embate com o pai.

Chega a hora fatídica, com o virar da chave na porta: era a mãe, trazendo a lasanha da Veronese, que seria o jantar. Não deu nem tempo de explicarem para ela o que estava acontecendo, chega o pai.

Ao passar pela porta, os jovens caem numa gostosa gargalhada, ao verificarem a postura pesada que aquele trabalhador adentrava à sala. Mônica e Rogério não se continham. Os pais atônitos não conseguiam decifrar qual o motivo das risadas.

O pai deu os beijos tradicionais (alimentando mais ainda as risadas) e soltou a frase lapidar: “Trabalhei hoje como um escravo”.

Nesta hora, os dois já estavam rolando no tapete da sala, num acesso de riso que se aproximava de uma síncope.

A mãe sem entender nada foi acabar de colocar a mesa, e o pai largou o paletó na sala, e foi lavar o rosto para o jantar, curioso e meio irritado com a cena da sala.

Ao sentarem-se, o pai foi logo passando o prato para que fosse servido, quando tomou fôlego e confirmou, tim-tim por tim-tim, a previsão dos jovens sobre a pose do Embaixador da Dinamarca, e sua frase bombástica: “Meu chefe me confidenciou no almoço de hoje que o Collor tem munição suficiente para detonar o Lula no debate de amanhã e, assim, podemos dormir tranquilos que o país está a salvo.”

Neste momento, o clima de preocupação quanto à reação do pai já estava instalado, tanto assim que eles nem riram da confirmação sobre o Embaixador da Dinamarca e sua fala.

Sabedores que não poderiam perder muito tempo, pois a reunião seria iniciada daí a 1 hora, Rogério lascou a primeira frase: “Pai, acho que você tem um problema: hoje é dia da reunião de condomínio, e precisamos que você compareça.”

A mãe interrompeu a garfada, e perguntou preocupada: “Vocês estão metidos com algum problema sério aqui no prédio?”

O pai emendou de bate-pronto: “Olha bem o que vocês andam aprontando por aí, enquanto eu e sua mãe lutamos para trazer tudo o que é necessário aqui em casa.”

Mônica irritou-se com o pré-julgamento dos pais e começou sua fala: “Pópará.....o que está acontecendo é que hoje é Dia de Eleição de Síndico, e nós precisamos que você vá lá e vote no Seu Onofre.”

“Você acha que eu vou perder meu tempo com reuniões desse tipo.....eu ainda nem cheguei direito, e vocês vêm propor esta loucura de participar de eleição....até parece que eu passei o dia sem fazer nada, de papo para o ar, na praia.....e olha, eu já aviso, não vou de jeito nenhum, pois senão acabam me dando alguma função na administração do prédio....trabalho eu já tenho demais, não preciso de atividade e nem chateação adicionais”, rebateu o pai.

Então foi a vez de Rogério atacar com suas armas, pois sabia que aquele era o momento de definição: “Olha pai, ou você comparece à reunião e vota no Seu Onofre, ou assina uma autorização para que votemos por você.”

O pai interrompeu, e rindo de forma de deboche perguntou: “Seu Onofre lá é nome de síndico? Quem é Seu Onofre? Agora é que a coisa ficou clara. Não vou de jeito nenhum, ainda mais para votar num candidato com este nome.....Seu Onofre.....hahaha.”

Então Rogério inflamou-se e, como uma metralhadora, disparou contra o pai várias rajadas:

“Você sabia que a Dona Vitória vai adicionar uma cota extra para obras para reformar o hall de entrada do andar dela?”

“Você sabia que ela vai demitir o Seu Francisco (porteiro antigo do prédio) porque ele não lavou o carro dela?”

“Você sabia que ela vai proibir que as crianças usem o parquinho, porque fazem muito barulho?”

“Enquanto isso, o Seu Onofre vai implantar um serviço de atendimento médico e dentário para os empregados do prédio, vai criar uma horta comunitária, vai criar a atividade de alfabetização de adultos (nesta hora, a mãe levanta os olhos do prato), vai nos ensinar a reprocessar plástico, papel, alumínio e vidro e vai criar uma oficina de artes para a terceira idade.”

O pai ia tentar responder, mas foi interrompido por novo bombardeio de Mônica.

“Pai, você é muito gozado, pois fica cheio de pose falando de Lula e Collor, de governador e vereador, etc... e tal, mas não percebe que é aqui no prédio que se inicia nossa vida politica. “

“Você paga uma série de impostos e taxas e nem sabe dizer para onde vai este dinheiro.”

“E na hora que você tem de iniciar uma participação política mais ativa aqui no prédio, você reage como um troglodita, repudiando a oportunidade de REALMENTE PARTICIPAR POLITICAMENTE.”

“O Plano de Governo do Seu Onofre abrange até a união com outros condomínios que também pensam e agem como ele, para forçar a Administração Regional a melhorar as condições das escolas, hospitais e de nossa segurança. Isso é fazer política.”

Rogério prevê a vitória, e solta o argumento definitivo: “Você sabia que a Dona Vitória vai proibir cachorros no prédio?”



O espanto é geral, a começar pelo Campeão (labrador da casa) que, sabendo que estavam falando dele, levantou as orelhas.

O pai agigantou-se e falou: “O Campeão daqui não sai!!!!”

Olhou para a esposa, meio atônito ainda, perguntando: “E você o que acha?”

“Amor, acho melhor você tomar banho antes de descer.” respondeu.

A vitória já era total.

E foram dar os retoques finais na faixa vitoriosa:

" VOTE EM SEU ONOFRE ! "

sábado, 10 de julho de 2010

O TEXTO "MARACANÃ"

Meus Nobres Leitores,

Com este post dou início a uma nova fase do Blog do Cid, qual seja, vou apresentando os textos e os comentando também, juntamente com a visão holística da minha plêiade de leitores.

Estava em dúvida com que texto iniciaria esta nova fase do Blog do Cid. Mas, assim como que caindo dos céus, veio a natureza e nos presenteou com novo ataque de cianobactérias nas lagoas da Barra da Tijuca. Os ambientalistas capitaneados pelo Moscatelli declaram aos 4 cantos do mundo, que as cianobactérias se proliferam em demasia quando encontram esgoto in-natura (cocô) e alta temperatura.

Entretanto, a Administração Municipal vem a público minimizando o ocorrido e, mais uma vez, põe a culpa nas algas. Pronto, ocorreu o que eu precisava para decidir qual seria o primeiro texto. Maracanã, apesar de ter sido escrito há mais de 10 anos, está atualíssimo.

Resta-me apenas contar como foi gerado este texto, e anexá-lo a este post.

Durante a década de 90, como de hábito, estava eu logo cedo lendo o jornal, quando me deparei com uma notícia bem semelhante à que foi comentada no início deste post, citando que as algas estavam poluindo as águas de nossas praias. De início, não dei muita atenção à notícia, pois águas poluídas não representam novidade na cidade do Rio de Janeiro. Saímos para trabalhar, estando Gabriela dirigindo, Marcelo no banco de trás, e eu ia no banco do carona, distraidamente, observando a beleza da orla de Leblon e Ipanema. Quando chegávamos ao Castelinho, me dei conta de que não tinha visto ninguém na água, desde o Leblon. Associei o fato à notícia das algas.



Prestei atenção que Copacabana também não tinha nenhum banhista dentro da água. Naquele momento, cristalizou-se no meu íntimo a gravidade da situação e o descaso da Administração Pública Municipal e Estadual (coloco as duas, pois cocô e lixo envolvem as duas administrações) com nossas riquezas naturais. Daí para redigir o texto foi um pulo.



MARACANÃ

É noite de lua cheia, que ilumina com seus raios prateados a espuma branca das águas do Arpoador. A Piscininha demonstrou ser o local ideal para realização daquela reunião pois, estando localizada após o Pontão e o Salseiro, cercada pelo oceano e pelo paredão de rocha milenar, assim impedia o acesso de pessoas indesejáveis.



A reunião teve como objetivo a escolha do advogado que iria defender as algas marinhas, no JULGAMENTO que ocorreria no dia seguinte, pois ela estava sendo culpabilizada pelo Ministério Público de gerar as manchas gordurosas que invadem as praias do Rio de Janeiro - Cidade Maravilhosa.

Casais envolvidos em beijos e amassos, para os lados do Samarangue e da Praia do Diabo, nem desconfiavam da importância do que estava sendo decidido na Piscininha.

Ao final da reunião, que transcorreu com extrema eficiência, foi escolhido o advogado: O Tubarão. Os diversos grupos distribuíram então as respectivas tarefas para a batalha que se aproximava.

Amanhece o dia, ensolarado, emoldurando assim o cenário para a disputa daquela tarde.

Maracanã lotado !



A torcida da Natureza fechou o anel das arquibancadas com suas diversas facções, formadas por cardumes de badejos, tainhas, chernes, etc...

Na Rua Mata Machado trava-se uma briga generalizada, na qual as tartarugas enfiaram a porrada num grupo de cambistas, que tentavam vender ingressos falsificados.

Como sempre atrasadas, chegam ao estádio as diversas autoridades que, obviamente, torcerão pela condenação da ré, ocupando seus lugares na Tribuna de Honra; ali está representado o Poder Executivo, do prefeito ao presidente, como também o Poder Legislativo, com vereadores, deputados e senadores.

A vaia é geral!

No centro do campo, o Poder Judiciário ocupa o seu lugar, representado pelo digníssimo Ministro da Justiça que, imediatamente, convoca os responsáveis pela Acusação para ler o respectivo processo !

Assim é feito, e a inofensiva alga ouve todos os itens do Código Penal a que está sendo acusada por gerar e distribuir, senão até mesmo traficar e exportar, a mancha gordurosa nas praias do Rio de Janeiro, podendo vir a pegar 200 anos de reclusão, em regime fechado, na Penitenciária de Bangu 15.

Neste momento, adentra ao gramado o advogado da alga, sob aplauso de toda a galera, para expor sua bem redigida defesa.

A primeira surpresa é que o Tubarão vem nu, sem togas e chapéus, já que não precisa de elementos artificiais para esconder-se. A Polícia Militar invade o gramado, para punir aquele atentado ao pudor, pois se nem topless pode, como é que aquele elemento tem a petulância de comparecer a um Julgamento do Ministério Público, nu.

Entretanto, num instante de inteligência, o Presidente da República permite que o Tubarão participe como advogado de defesa da alga, desde que as câmeras não focalizem sua genitália.

Com esta decisão, a torcida inicia sua festa, pois ali percebeu que a vitória estava a caminho. Seguiram-se olas e, em vôos rasantes, os alegres pelicanos e gaivotas faziam demonstrações sobre o estádio.

O Tubarão faz a série de perguntas à ré;

- Alga, foi você que ao longo de 500 anos despejou esgoto não-tratado na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Baía de Guanabara, e nas praias de Ramos, Flamengo, Icaraí, Botafogo, Urca, Copacabana, Ipanema e Leblon?

- Não, respondeu a ré.

- Alga, foi você quem instalou línguas negras nas areias das praias ?

- Não, mais uma vez respondeu a ré.

- Alga, foi você quem instalou o interceptor oceânico de Ipanema, jogando assim esgoto não-tratado a alguns metros da praia ?

- Não, disse a ré.

- Alga, foi você que ficou assistindo ao longo destes 500 anos, o lançamento destes dejetos na Natureza ?

- Sim, respondeu, de forma encabulada, a alga.

- Alga, mas você tinha algum poder para impedir ?

- Não, concluiu a alga.

E neste momento, voltando-se para a Tribuna de Honra do estádio, o nobre advogado de defesa discursa para os homens ali sentados, percebendo que já havia ganho a causa em questão:

- Senhores, caiam na real !

- Senhores, assumam que erraram ao longo de 500 anos, e iniciem um processo de tratamento dos seus dejetos!

- Senhores, tenham honestidade de propósito em assumir seus erros, e iniciem Planos de Recuperação e Tratamento!

- Senhores, elevem a Ética ao seu nobre posto, entre si e com a Mãe-Natureza!

A vitória foi geral !



Em seguida, em mais um rasante do grupo de alegres pelicanos e gaivotas, eles devolvem aos Poderes Públicos uma parte do que o homem lhes presenteia diariamente, em suas línguas negras e interceptores oceânicos .

No meio da confusão, junto à estátua do Belini, pivetes faziam um arrastão no cardume de botos, enquanto alguns políticos foram rechaçados, pois tentavam associar-se ao grupo vencedor, escolhendo o cardume de robalos; os peixes ficaram com medo !

A comemoração estava liberada, sendo que viola e sua turma seguiram pelo Boulevard 28 de Setembro para comemorar com Noel, cavaquinha e sua patota foram para a Lapa encontrar Ciro, os siris dirigiram-se para a Ilha do Governador e os tatuís retornaram para sua sede no Jangadeiros, em Ipanema, cantar a vitória com Elizeth e a banda local.

E quem proclamou a absolvição da ré foi o Cristo Redentor que, do alto do Corcovado, batia palmas em favor da Natureza!


terça-feira, 6 de julho de 2010

Arrecadação e Destino para o Inca-voluntário

Ao longo do tempo, temos acompanhado e convivido com manifestações de solidariedade perfeitamente possíveis e viáveis, sob a forma de doações, quando da celebração de eventos comemorativos (aniversários, casamentos, etc...).

Então, numa de suas reuniões de diretoria, a Fundação Regalo decidiu acatar a proposição do Seu Onofre, em destinar toda a arrecadação da venda dos exemplares componentes da 1a. Edição do fantástico livro "Rio de Janeiro a Janeiro" para o movimento do Inca-voluntário, por intermédio do Grupo dos INCAutos, ao qual a Fundação Regalo  já participa há alguns anos, com contribuições mensais.

E assim foi feito. A Fundação Regalo encaminhou para Tania Paranhos, Coordenadora do Grupo dos INCAutos, a primeira parcela das arrecadações, igual a R$ 2.300,00. E, durante o transcorrer do mês de julho, a Fundação Regalo enviará a segunda parcela, que deverá ser de aproximadamente R$ 1.300,00, em função das últimas vendas.

Certamente, a arrecadação do "Rio de Janeiro a Janeiro" não resolverá todos os problemas e as carências dos pacientes, em sua fase de tratamento não-hospitalar.

Entretanto, a atitude da Fundação Regalo em destinar esses recursos para aquele movimento, inunda nossos corações de alegria. Além dos alimentos fornecidos, fica à nossa volta uma gostosa sensação não de vaidade, mas sim de orgulho do Dever Cumprido.

A seguir, apresento uma parte do Relatório Mensal do Grupo dos INCAutos, elaborado pela Coordenadora Tania Paranhos:

"Mas novidade mesmo, foi o lançamento do livro Rio de Janeiro a Janeiro, do INCAuto Cid, marido da Denise. Trata-se de um livro de crônicas do cotidiano, retratado com as lentes sensíveis do autor, tendo como pano de fundo esta cidade que tanto amamos.
O primeiro lançamento foi “ao mare”, em pleno Caribe. O segundo, no Belmonte, em pleno Leblon. Como podemos ver, Rio de Janeiro a Janeiro faz carreira aqui e alhures, e caminha, confiante, para o sucesso! Além do livro ser muito bom, a renda advinda, é convertida para os INCAutos!!!!!
Não é tudibom?"

É, Tania, é realmente tudibom constatar o resultado obtido com a participação deste maravilhoso Contingente de Amigos Leitores, que viabilizou a realização desse SONHO.

A Fundação Regalo agradece à colaboração de TODOS !!!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Comentários do Contingente de Leitores

"O teu blog é como o teu livro. Bom de ler, alegre e leve."
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"Olá meu amigo. Recebi e já li o livro. Adorei !Como disse a Tania Paranhos, espero que ele não seja filho único.

Parabéns e um beijão em todos !" ________________________________________________
 "Obrigado pelos livros e pelas informações.A dedicatória não tem preço."
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 "Terminei de ler o seu livro.Gostei muito e é interessante ler um livro quando conhecemos o autor."
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 "Como faço para comprá-lo? Está nas livrarias? Qual delas? Compro diretamente com você?

Mande as instruções aqui para o seu fã -- ou, mais do que isso, seu macaco de auditório."
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 "Lamentei muito não ter chegado ao lançamento do seu livro. O tempo enlouquecido não permitiu que nos víssemos no dia do lançamento.

Já gostamos do livro de antemão, sem lê-lo, só por conter nele sua estória e história.

Prometo lhe dar meu feedback após a leitura total do seu livro.

Muitos beijos e parabéns ao poeta e escritor da família."
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 "Para nós foi alegria participar de momento tão importante para você! E sua família!"
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 "Foi ótimo e parabéns mais uma vez por tudo."
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 "Parabéns, mais uma vez, pelo que vc fez: o livro, e a decisão de arrecadar para os INCAutos.

É como diz a canção do Vinícius: Se todos fossem iguais a você...."
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 "Nós é que temos que te agradecer; pelo grande ser humano que és, e pela bela obra escrita.....parabéns amigo "
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 "Parabéns, Cid, pela sua iniciativa. E, parabéns mais ainda, por conseguir realizar seu projeto."
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 "Fico muito feliz em compartilhar da alegria dos amigos. Desejo muito sucesso a este seu belo empreendimento."
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 "Você merece e ainda não tive tempo de ler todo o livro, porém gostei muito da 1ª do julgamento no Maracanã."
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 "Quem tem que agradecer somos todos nós, uma vez que você veio fazer parte dessa gang fantástica!"

"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma" ( Fernando Pessoa ).
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 "Ficamos orgulhosos! Já estou lendo o livro e a-do-rannnnn-do! Que venham outros."
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 "Fico feliz em poder participar desse projeto com você. "
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"Terminei seu livro na segunda mesmo. Tudo bem que o trânsito na volta para casa ajudou, mas devorei as páginas de tal forma que eu nem vi o tempo passar. Adorei o livro. Uma das histórias que eu mais gostei foi "Os Balões". Bela idéia! Outro que eu achei muito interessante foi a crônica "27 de abril", que também é o dia do meu aniversário! E gostei muito da "Menina Sorriso"."
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 "Muito bacana a iniciativa. Ter uma meta e atingi-la é muito importante, só espero que você não tenha iniciado a relação com 1900 reais. Continue escrevendo, sem se importar com cursos, ou se há consumo interno ou externo. Escrever é uma necessidade, pouco importa se vão ler, se vão gostar, é você que precisa escrever."
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 "Parabéns pelo seu livro. Hoje você realiza um acalentado sonho. Temos certeza de que este é apenas o primeiro. Estamos orgulhosos!!!"
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 "Que bacana que voce esta lancando um livro! Uma pena nao podermos estar presentes."
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 "Meu amigo e batalhador , não sei se poderei comparecer na segunda, mas vou fazer toda a força do mundo para estar presente."
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 "Fiquei emocionada ao receber seu convite. Acompanhei à distancia seu esforço para que esse antigo sonho se tornasse realidade... e agora está ai... Parabéns... você mereceu!!!!!! E que este seja apenas o primeiro de muitos... afinal... vida de aposentado... Queria, de coração, estar presente no lançamento, mas sendo uma segunda feira, fica muito inviável a nos dois. De qualquer forma, pode separar um exemplar para adquirirmos, com muito carinho e vontade de devora-lo. Amei a capa e o titulo, tudo muito criativo... e o por do sol no Arpoador então... bem esse, só quem te conhece sabe da importância do local. Parabéns, realmente uma bonita obra!!!!!!! Receba o nosso abraço e os votos de que o livro seja um sucesso."
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 "Muito me honra receber o convite do lançamento do livro do meu amigo CIDÃO, justamente no dia em que um grande escritor decolou em seu ultraleve, ficando a saudade de suas poesias, colunas e frases marcantes do nosso futebol, porém você não sabe a alegria e satisfação que tenho ao saber que o seu substituto será o meu grande amigo, que está entrando em campo agora e que certamente no futuro nos deixará um grande legado, da mesma forma que o grande mestre “Armando Nogueira”.
PARABÉNS, VOCE É DEMAIS!!!!!!!!!!!!!
Com certeza estarei presente no dia 05/04/2010, para comprar o seu livro com uma dedicatória bem gostosa.
MIL BEIJOS E MUITO SUCESSO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"
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 "Parabéns por mais essa vitória. Imagino o quanto vc deve estar feliz em "materializar" este sonho!"
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Rio de Janeiro a Janeiro" - Lançamento na Midia

Com a maravilhosa colaboração de Sonia Araripe, o lançamento do livro "Rio de Janeiro a Janeiro" obteve as importantes divulgações abaixo apresentadas:

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BLOG DO GAULIA (gaulia.blogspot.com)
quarta-feira, 31 de março de 2010


Engenheiro e comunicador.

Já falei numa de minhas palestras que os engenheiros podem se tornar brilhantes comunicadores. É difícil, mas é muito mais possível do que jornalistas e publicitários se tornarem engenheiros.

O engenheiro e agora escritor - comunicador, Cid do Nascimento Silva vai lançar no dia 05 de abril o livro de poesias:"Rio de Janeiro a Janeiro" com arrecadação voltada para uma ação beneficiente junto ao movimento INCA Voluntário para pacientes em tratamento pós-hospitalar.


O lançamento acontece no Belmonte do Leblon (Rio de Janeiro),dia 05 de abril, a partir das 17h. O Belmonte fica na Rua Dias Ferreira 521.

Postado por Luiz Antônio Gaulia. às 31.3.10
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BLOG PLURALE (revistaplurale.blogspot.com)
terça-feira, 30 de março de 2010


Este programa é imperdível. No Belmonte do Leblon (Rua Dias Ferreira, 521) na próxima segunda-feira, 5 de abril, das 17h até às 22h.

Lançamento do livro "Rio de Janeiro a Janeiro", de Cid do Nascimento Silva. Engenheiro de profissão, poeta e escritor nas horas vagas, Cidão, como é mais conhecido, tomou coragem e partiu para edição independente.

Além dos textos, a linda foto da capa também é dele!

Toda a renda será revertida para o INCAvoluntário, que apoia os pacientes em sua fase de tratamento não-hospitalar.

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COLUNA DO ANCELMO 03/Abril/2010

domingo, 13 de junho de 2010

Lançamento do Livro "Rio de Janeiro a Janeiro"




A 1a. Edição do fantástico livro "Rio de Janeiro a Janeiro" teve a tiragem de 200 exemplares, e seu primeiro lançamento ocorreu em 19 de fevereiro de 2010, em águas caribenhas, a bordo do Oasis of the Seas. Este evento contabilizou a venda de 20 livros. Esta edição do livro "Rio de Janeiro a Janeiro" teve sua arrecadação totalmente direcionada para o Grupo dos Incautos, que é uma ação beneficente vinculada ao movimento INCA-voluntário, que apóia os pacientes em sua fase de tratamento não-hospitalar. Em seguida, apresento algumas fotos do lançamento do livro, em águas caribenhas, a bordo do Oasis of the Seas, em 19 de fevereiro de 2010.















Fotos com Denise:











Foto com Anna Laura



Foto com Ana Luiza



Foto com Rodrigo e Bernardo:


Foto com Tausa e Rodrigo:



Foto com Fundação Regalo, Denise, Gabriela, Marcelo e Renata:



Foto com Thomas, Angela, Patricia e Júlia:



Foto com Gilda:



Foto com Tausa e Thomas, com chopp Brahma, relembrando o Bar Jangadeiros:



Foto com Anna Thereza:



Foto com Tania e Anna Thereza, durante narrativa de um "causo":



Foto com Tania, Renata e Anna Thereza:



Em 5 de abril de 2010 ocorreu o lançamento do "Rio de Janeiro a Janeiro", em sua cidade natal. A partir de 17 horas, no Bar Belmonte do Leblon, Cid e sua família receberam os amigos para celebrarem a conquista deste importante passo - a transformação de um sonho, em realidade.

São Pedro brindou o evento com uma série de temporais. Numa mesma noite, ocorreram pelo menos uns 5 temporais. Em determinado momento, foi declarada a regra 1 do lançamento: quem está dentro, não sai. As ruas da cidade viraram verdadeiros rios.

Gabriela providenciou o espumante e o emocionante discurso.

Pronto, o livro "Rio de Janeiro a Janeiro" estava batizado.

Dentre os presentes, lá estavam: a turma da produção Denise, Alba e Carlito, Gabriela, Marcelo e Anna Laura, Renata e Tania; Ari, Eunice e sua turma; os tios Aluísio e Carmilde, Ayr e Dário, Alitta e Pedro, Atamir e Conceição, Avany, Antonieta e Hélio, Isa e Paulo, Maria Helena e Olintho, Yedda, Roberto e Sandra, Alberto e Wanda, Cecília, os sogros Antonio Carlos e Thereza, os amigos Broa e Paulo Cesar, a turma do Colégio Militar, Roberto Pessanha, Paulo Moraes e Raul Cabral, a turma da Fazenda da Grama, a delegação do basquete e os amigos e primos, Mario e Mauro capitaneando a delegação dos Nascimento Silva, os Araripe e os Paranhos.

Foi uma grande festa, na qual foram vendidos mais de 80 exemplares.

Foto de Alba e Carlito:



Foto com Eunice, Ari e Cesar Augusto:



Foto com Helio Norat:



Foto com Almir e Katia:



Foto com Luiz e Adriana:



Foto com Rafael:



Foto com Tia Carmilde:



Foto com Paulo Moraes:



Foto com Gerard e Cristina:



Foto com parte da delegação Nascimento Silva - Mario e Mauro - e o amigo Raul Cabral:



Foto com Tania:



Foto com Angela e Thomas:



Foto com Liane:


Foto com Rodrigo e Renata:


Foto com Diego:



Foto com Puck, Ruy, Junior e Mariana:


Foto com Homero e Monica:


Foto com Irene e Renato:


Foto com Clóvis, Renato e Elio:


Foto com Candinho:


Foto com Mariana:


Foto com Ruy:


Foto com Daniela e Flavia:


Foto com parte da Delegação Regalo:


Apresento abaixo, o texto preparado e lido por Gabriela, durante o Lançamento:

“Não façam o que eu digo, façam o que eu faço”. E foi assim, trocando um velho ditado popular, que consegui resumir um pouco de como esse filho, marido, pai, profissional, amigo e agora autor, traça seu caminho pela vida.

É um menino com sonhos grandes. Também é um adulto com alma de menino que não perde uma festa de criança para comer cachorro-quente e pipoca, que vai ao circo para rir com os palhaços e que entra numa montanha russa, não para satisfazer um capricho do filho, mas porque, no fundo no fundo, aquele menino de outrora implora por mais emoção!

Sempre atento aos exemplos, muito mais do que aos sermões, voltado para a prática muito mais do que à teoria, nos ensinou que “colégio foi feito para fazer amigos e comer merenda”, que um guardanapo não tem necessidade quando temos uma manga de camisa ou uma simples toalha na mesa. Mas seus ensinamentos vão além das coisas corriqueiras do dia-a-dia. Aprendemos na prática que os sonhos não possuem limites, desde que tenhamos sabedoria para construí-los, perseverança e paciência para adiá-los, se for necessário. Desistir nunca!

E foi assim que, hoje, aos 60 anos, podemos listar alguns de seus sonhos realizados:

- Viajar de férias, os 5 juntos, a família reunida – depois de 24 anos fizemos o tão sonhado cruzeiro e fomos à Disney;

- Pois é, o cruzeiro, esse demorou um pouco mais – foram mais de 50 anos para realizar um sonho de menino. Mas também não deixou por menos, embarcou logo no maior navio do mundo!

- A piscina da Fazenda da Grama. Foram 22 anos para concretizar uma frase tão repetida a cada ano: “no próximo verão teremos piscina”. E, no próximo verão, continuávamos no chuveiro com a promessa de que “no próximo verão teremos piscina”. Enfim, finalmente no verão de 2008 realmente tínhamos uma piscina!

Há 5 anos, com alguns dos textos do “Rio de Janeiro a Janeiro” prontos ele já dizia que lançaria um livro. Então começou a trabalhar em mais este sonho que hoje se torna realidade. O único desvio do projeto inicial é que a primeira edição teria apenas 15 exemplares: “para minhas tias, minha família e meu irmão” – dizia ele.

E, se podemos tirar alguma lição deste dia tão especial, tanto para ele como para os que o cercam, é de que não importa quanto tempo levamos para realizar nossos sonhos. O importante, em primeiro lugar é sonhar e viver cada dia deste sonho até que se torne realidade. Sempre com fé, sempre com alegria, sempre confiante de que amanhã será um dia melhor!

O próximo? Não, não me refiro ao próximo sonho ou ao próximo livro. Me refiro aos seres humanos que nos rodeiam. Sempre com um coração gigante, fazendo o possível e, por vezes o impossível, para enxergar e ajudar àqueles que precisam. E é através do grupo dos Incautos, um grupo de ajuda ao Inca Voluntário comandado pela tia Tania, que ele agradece a Deus por mais essa!

PARABÉNS, SAÚDE E MUITO SUCESSO!!!

Gabriela