Diego possui uma sensibilidade diferenciada, permitindo assim acoplar aos seus conhecimentos técnicos de fotografia (luz, velocidade, foco, enquadramento, contraste, etc...) o seu poético coração.
Após uma viagem ao território asiático, Diego apresentou seu belo trabalho numa exposição, em que não faltaram as maiores e mais importantes autoridades da fotografia artística do país. A cada foto apresentada, a platéia soltava um ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, encantada com a percepção, a arte, a sensibilidade, o artista.
Ao chegar em casa, bastou ouvir o teclado me chamando, para logo colocar algumas palavras em homenagem a este fantástico artista:
VIVA O DIEGO !!!
LENTE
Fev 2005
Você me convoca para uma viagem,
vejo-o preparando a mala.
Checando documentos e passagem,
deixando bilhete, atravessamos a sala.
Aeroportos e avião,
em seu objetivo está concentrado.
Trinca nos dentes o facão,
vai à luta, em ritmo acelerado.
Coladinha ao seu corpo, sigo atenta,
para que esta dupla não perca nada.
Chegando à beira do lago, você se senta;
sinto o momento, fico calada.
Sol do poente se aproximando;
as respirações aceleram,
seus dedos me tocando,
seus olhos azuis me atravessam.
Como um pistoleiro,
possui apenas uma bala.
Dispara o gatilho certeiro;
seu vitorioso sorriso me deixa sem fala.
Me põe descansando,
na sua cintura
Se mantém da cena desfrutando,
aquela que agora já é sua captura.
Retornamos ao hotel
num diálogo mudo.
Quer logo passar ao papel,
aquele cenário desnudo.
Me deixa na cama
em descanso.
Finaliza sua jóia, pronta para a fama;
deita e me abraça, a este amor me lanço.
Nasce mais um dia,
novo desafio.
Tua mente em alegria;
neste cenário, eu sorrio.
Quer registrar um monge,
em seu dia de formatura.
Nós que viemos de tão longe,
assistimos cena linda e pura.
Vêm enfileirados
para este importante momento;
compenetrados,
cerimônia que até pára o vento.
Este olho azul me atravessa novamente;
percebo que o segundo menino vai me olhar.
Te aviso, você o aguarda passar rente;
aguarda o momento certo para disparar.
Retornamos a nossa morada,
sabendo que não esqueceremos mais;
aquela cena registrada,
Voltamos ao remanso, te quero em paz.
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